Super-Homem

  É um pássaro? Um avião? Não, é o Super-Homem do Gigantes da Lira! Em fevereiro de 2009, Vitor Marigo protagonizou um número inesperado pelos foliões – e pelo próprio Vítor – no desfile do Gigantes. Apaixonado pelo carnaval de rua, ele conta como se transformou no Clark Kent carioca,  que deixou um bloco inteiro boquiaberto.

O que é preciso para se tornar o Super-Homem? Se você perguntar para Vítor Marigo, a fórmula será mais simples do que o imaginado: basta uma roupa azul, uma sunga vermelha emprestada do irmão, a logo do super-herói impressa e uma capa vermelha do carnaval passado – no caso, vinda de uma fantasia do filme 300. Ah, é claro que não pode faltar o indispensável grupo de amigos dispostos a fazer você “voar” por uma multidão. Nas palavras do próprio Vítor: “Mais improvisado, impossível”.

Formado em comunicação social e dono de uma agência de turismo, Vítor morou na Rua General Glicério – palco principal do Gigantes da Lira – dos 8 aos 28 anos. Hoje com 29, ele diz que sempre foi fã de carnaval: “Sempre fui folião. E prefiro o carnaval de Rua do Rio de Janeiro, acho melhor do que os carnavais da Bahia, Minas Gerais ou Espírito Santo”.

O Voo do Super-Homem

A primeira vez que o folião carioca participou do Gigantes foi em 2005. Na época, ele nem poderia imaginar o sucesso que faria dentro do bloco em 3 anos. Na verdade, até minutos antes de sobrevoar o mar de gente que estava no desfile de 2009, Vítor não fazia ideia do que aconteceria ali. Vestido com a clássica fantasia do Super-Homem – sugerida por um amigo – ele conta que já tinha “tomado umas” na hora que o mesmo amigo resolveu levantá-lo. “Quando eu vi, já tava voando!”

A surpresa de Vítor não se equiparou à surpresa da massa que, maravilhada, se deparou com um super-homem voando sobre as cabeças de quem estava ali. “O que me surpreendeu mesmo foi a reação do bloco, porque nem eu sabia”, conta Vítor “Kent”. “Lá de cima dava para ver o bloco inteiro. Foi uma gritaria! Gente batendo palma, tirando foto, apontando…”

O sucesso do herói carnavalesco foi tão grande que, no ano seguinte, Yeda Dantas convidou Vítor para voltar ao bloco e apresentar o número de novo. Dessa vez, ele conseguiu se planejar para não ser pego de surpresa. Bem, a única surpresa foi o “assédio” do público, que insistia em ver o voo do Super-Homem incansavelmente. O bis foi repetido tantas vezes que sua Lois Lane, Patrícia Pereira, teve que dividir o seu super-herói particular com o resto do carnaval de Laranjeiras. “O Super-Homem me afastou dela. Mas ela curtiu [me ver voando]”, brinca Vítor.

A folia despreocupada que se transformou em apresentação programada do bloco agradou tanto que palhaços e pernas-de-pau decidiram imitar Vítor. Com isso, o desfile do Gigantes da Lira ganhou um ar de Liga da Justiça jamais visto. Para a tristeza dos foliões, a brincadeira não se repetiu. Tendo que cuidar dos negócios de sua agência de turismo durante a época de carnaval, a última aparição do Super-Homem no céu de Laranjeiras foi em 2010. Hoje casado com Patrícia, ele lamenta a falta de tempo: “Infelizmente não consegui mais ir ao bloco. Mas o Gigantes da Lira sempre foi o meu preferido – pelo clima, pela proximidade, por ser algo que dá pra levar a família inteira. Sem dúvidas é o bloco que eu mais me arrependo de não poder ir durante o carnaval.” E o público também lamenta a falta do voo do super-homem pelo céu do Gigantes da Lira.

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