Juca Filho

A minha relação com o Gigantes, como fotógrafo, é de encanto, espanto, surpresa, desfrute, emoção, identificação e alegria. Como não se sentir diante de um baú imagético de tesouros mergulhado na vertigem em altissimo astral de um bloco de palhaços e crianças? O olhar se perde e se encontra na profusão de belezas e originalidades do bloco que, desde a primeira vez, se transformou para mim no meu carnaval pessoal, o único evento nessa história toda de folia que me deixa realmente frustrado em perder. Acho que é, basicamente, isto o que eu tenho a dizer, como fotógrafo, dos Gigantes da Lira. O resto é dito, muito melhor, através das imagens com as quais, o Gigantes tem, generosamente, presenteado meu olhar, nestes últimos oito, nove, ou talvez, dez anos de feliz registro e convívio. Os quais, inclusive, espero que se prolonguem por muito, muito tempo ainda.

 

Minha especialidade são duas: ter idéia e não ter especialidades. Música, poesia, roteiro e fotografia, idéias criativas no atacado e no varejo, é mais ou menos isso que sempre foi a minha vida. Na atual encarnação desta encarnação atual, sobrevivo de roteiro, principalmente para tv e bastante focado em séries de humor. Trabalho com isso, na Globo, há cerca de 16 anos. Mas já fui músico, professor de música, autor de trilhas para teatro e cinema, e também de jingles, além de ser compositor com mais de 100 gravações de músicas minhas atualmente voando por aí (a baixo custo, diga-se, porque direito autoral no Brasil é o seguinte…), cantadas por gente que vai de Milton Nascimento a mim mesmo, já que lancei, na década de 80, um disco pela antiga PolyGram (atual Universal). As mais importantes são Toada e Quem Tem a Viola, super sucessos, cantadas pelo Boca Livre, se você tem mais de 30 certamente já ouviu isso em algum lugar, mesmo que não ligue o nome à pessoa. Já escrevi também quatro livros de humor para teenagers, com meu extinto grupo de autores, o Obrigado Esparro, dois deles os mais vendidos nas respectivas bienais das quais participaram, Confusões de Aborrecente e Como Educar Seus Pais. Como fotógrafo, hobby sério que adoto consanguineamente há quase 100 anos (herdei o vício do meu pai, que já havia herdado do meu avô ) já participei de algumas mostras e exposições no Rio e fora dele, inclusive curadas pelo meu mestre preferido, o grande Walter Firmo. Também publiquei alguma coisa esparsa por aí, no Brasil (já tive foto que foi capa da Folha Turismo) e, no exterior, na Inglaterra, Espanha e Estados Unidos, entre outros países. (Sem falar no que já publiquei e nunca soube porque pirataria de imagem na Internet é o seguinte…). Além disso tenho, há 8 anos, uma página pessoal no Flickr (http://www.flickr.com/photos/jucafii) , atualmente com cerca de 2400 fotos. E estou preparando meu site onde pretendo priorizar bastante a área fotográfica da minha vida. Por fim, sou carioca e tenho, cronologicamente, 56 anos de idade. Mas isto não é uma verdade absoluta, porque, como dizia o grande poeta gaúcho Mário Quintana: “eu tenho sempre a idade da pessoa com quem estou falando.” 

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